sexta-feira, 19 de novembro de 2010

desilusión


Extraño sentimiento
Pasión, desilusión
Como en la serenata
De María Elena Walsh
Me duele si me quedo
Yo te quiero, mi amor

domingo, 14 de novembro de 2010

e ele me disse: você precisa superar esses amores do passado.
e eu podia matá-lo por ser tão certeiro.

na verdade, o amor tá sempre no presente
Me responde por favor
Pra onde vai o meu amor
Quando o amor acaba

Vê se tem no almanaque, essa menina, como é que termina um grande amor
Se adianta tomar uma aspirina ou se bate na quina aquela dor
Se é chover o ano inteiro chuva fina ou se é como cair o elevador
Me responde por favor
Pra que tudo começou
Quando tudo acaba

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

seul soul


e toda vez que algum sentimento agudo vinha à tona, nem pensava, já gritava pra aqueles que divido até meus sorrisos.
gritava pra ver se aquela esfera sentimental saía, saltava de mim.


mas agora vejo tanta beleza na solidão, nos solilóquios, nas tempestades internas e na desconstrução de cada sentimento ferino. tem sido tão bom, não consultar, não expelir por uma suposta cegueira, por uma não vontade de parar e pensar do melhor jeito.

bom se reconstruir só

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

mente quente

se aloja ali um sentimento quieto, frio
e vem à tona num ritmo pulsante, carnaval
vermelho quente quente
estalo e desejo, mente mente


calcanhar

feito ou desfeito, é fato
se a dor não for fatal
dia e noite, madrugada
até que um galo cante amanhã
a manhã ensolarada

até até rachar o chão numa pisada
carrega eu se der
quando for embora
eu vou seguir você pelo mundo, agora

até no chão no chão de areia quente pedra
eu vou pisar
eu vou seguir você
até doer o calcanhar

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

pobre dos humanos e da sua natureza
vou calçar minha sapatilhas e com meu collant-escudo enfrentar tudo que vem por aí

terça-feira, 2 de novembro de 2010


e não peça que eu te guie não peça despeça que eu te guie desguie que eu te peça promessa que eu te fie me deixe me esqueça me largue me desamargue que no fim eu acerto que no fim eu reverto que no fim eu conserto e para o fim me reservo e se verá que estou certo e se verá que tem jeitoe se verá que está feito que pelo torto fiz direito que quem faz cesto faz cento se não guio não lamento pois o mestre que me ensinou já não dá ensinamento
e eu com meus poucos conhecimentos cinematográficos poderia escrever um roteiro pra um bom reencontro.
deixamos pra quem entende mais

talvez daqui há uns dez anos, frança, holanda, em mim, enfim

mas sempre vivo



nem me lembro como eu era antes de tatear a tua pele no escuro
cegamente
antes de te ouvir dizer que a minha nuca implorava teu beijo
antes de te ler em braile

(eu eu finjo)
o desejo de ver a cama arrumada novamente
lençóis novos
nova chama no pavio da lamparina
à espera de outro alguém