quarta-feira, 17 de abril de 2013

ela vai dançar



me tira desse lugar. aqui dói.
me traz uma bebida. um cigarrro. algo que acabe com o tempo
como eu.
como eu.

http://vimeo.com/61658108

terça-feira, 16 de abril de 2013

sem tempos de calmaria



aconteceu tanta coisa. anda acontecendo.
não é por nada que não tenho escrito. às vezes falta tempo, às vezes aquela pulsão de escrever que me toma por inteiro. mas na verdade tenho tentado digerir tudo que tem me atravessado.

tem um ditado velho que diz que após a tempestade vem a calmaria. sempre achei engraçado e bobo, mas apesar de achar uma estratégia entre-conversas, levo a sério ditados e tento veríficá-los no passar dos dias.
esse, em particular, me liga muito à imagem do caio, um grande amigo meu, que vez por outra em tempos de puberdade me dizia isso.
tô falando tudo isso pra dizer que essa coisa de calmaria não tem rolado. a tempestade virou uma constante. tenho aprendido muito com ela e construído coisas muito grandes. grandiosas. não sei se por ela ou pelo seu avesso, mas só sei que tem acontecido. a calmaria agora me é estranha. tenho medo de ter sono, de morrer quando ela chegar. nem sei.

interessante é que ontem me veio à memória uma música que tinha escutado na voz de uma cantora belíssima, que participou de um reality show de música (que não quero citar pra esse post num ficar com cara de muito familiar), que nem sabia nome, nem nada. mal sabia o trecho que sabia. e encontrei-a.
"sou um móbile solto no furacão qualquer calmaria me dá solidão". paulinho moska. não pensei duas vezes em adotá-la por esses tempos, como uma oração mesmo. talvez quando a calmaria chegar, se chegar, me sinta mais preparada. talvez nem chegue mesmo e seja bom assim. tenho medo de ter a solidão de paulinho moska.


música: um móbile no furação, paulinho moska
moça da foto: rebeca gondim